O Auditório da Madalena acolhe, na próxima quinta-feira, 20 de junho, a peça de teatro “Boca Ilha – O Rosto Que Ninguém Vê”, de Carolina Bettencourt, com encenação de Nuno Nunes.

Criada a partir do universo poético da escritora Natália Correia, a sinopse da peça menciona: “O que acontece quando duas palavras se combinam? Ou quando um poema sucede a outro? Ou dois atores se debatem entre si? Em que sítio encontramos o poeta que vive nas palavras que nos legou? Partimos do universo de Natália Correia como quem descreve a sua silhueta para, a seguir, reclamar uma existência tangível. Intrometemos Alberto Caeiro, Cesariny, Ary dos Santos, Mário de Sá Carneiro e outros para iluminar “O Rosto Que Ninguém Vê”: são diálogos, são confrontos, são confirmações em torno de temas como a identidade, a relação com a morte, a memória de infância, o espaço geográfico e poético da ilha, o ativismo político, a vivência da religião e do casamento, o sentimento do outro e de si mesmo como outro… E os dois atores que disputam os seus papéis, num feminino-masculino intranquilo e carente, configuram, por seu lado, esse território teatral cercado pela iminência do esquecimento.”

Com entrada gratuita, espetáculo, inserido na programação do Azores Fringe Festival, promovido com o apoio do Município da Madalena, foi vencedor do Jovens Criadores do Clube Português de Artes e Ideias.