Na ânsia de ser aceite socialmente ou temendo ferir outrem, sucumbimos, não raras vezes, ao fácil conforto do “sim", aceitando, como se tivéssemos sido programados, a tomar atitudes diametralmente opostas às que, efetivamente, desejaríamos. Ao adotarmos esta postura, acabamos por violentar o nosso próprio eu, vergando-nos às vontades e caprichos alheios
No que respeita à esfera familiar e, em particular às relações filio-parentais, esta aceitação peremptória acentua-se habitualmente pelo desejo de agradar quem mais se ama.
Todavia, não será este “sim”, aparentemente inofensivo, uma arma apontada aos pais? Ao ceder a todos os desejos de uma criança não estarão a habituá-la ao facilitismo, tornando-a incapaz de lidar com sentimentos de frustração e com as dificuldades que a vida certamente lhe trará viagrasstore.net? Ao evitar uma birra, causada por uma constrangedora negação, não estarão os pais a comprar futuras guerras?
Na busca pela simbiose perfeita entre pais e filhos, procurando na assertividade uma das ferramentas vitais para a educação e crescimento plenos dos mais jovens, estas serão algumas das questões em debate, na próxima quarta-feira, dia 21 de maio, pelas 21h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, no encontro “A Arte de Dizer Não”, inserido no Ciclo de Encontros da Biblioteca da Madalena, com a presença do psicoterapeuta António Ventura.
“Sabe qual é a forma mais eficaz de deixar o seu filho infeliz? Acostumá-lo a receber tudo”
(Jean-Jacques Rousseau, 1762)